A estética dos forros metálicos na criação de arquiteturas icônicas

A estética dos forros metálicos na criação de arquiteturas icônicas

  • Projeto Arquitetônico
21/08/2025 | Leitura: 7 min

O forro metálico se tornou importante na concepção de projetos arquitetônicos modernos que querem unir bom gosto alinhado com a estética clean nos espaços. Sendo um revestimento do plano superior do ambiente, o “teto aparente” feito com painéis de aço, alumínio ou ligas protegidas, como aluzinc, por exemplo, em formatos e sistemas variados entre clip-in, junta seca, baffles, colmeia, malha expandida, perfurações acústicas, etc, se tornou também símbolo de sofisticação.

Amplamente utilizado pela sua versatilidade e praticidade, o forro metálico esconde e organiza instalações, melhora desempenho acústico e lumínico, acelera obra seca e viabiliza manutenção por acesso simples, tudo com grande controle formal e cromático.

Em projetos de alta circulação, como aeroportos, hospitais, shopping centers, auditórios, entre outros, a durabilidade, a resistência à umidade, a limpeza fácil e a possibilidade de especificar absorção sonora calibrada fazem o sistema brilhar, literalmente e figurativamente.

Além do desempenho, há a linguagem. Arquitetos usam forros metálicos para “puxar” a identidade do espaço: grelhas abertas que revelam técnica, baffles que alongam perspectivas, malhas expandidas, ou módulos perfurados que desenham padrões e integram luminárias lineares sem remendos.

Tipos de forro metálico mais usados

  • Clip-in / junta seca (painéis fechados): módulos quadrados/retangulares com fixação oculta, aspecto contínuo, alta facilidade de acesso. Vai bem em corporativos, galerias e varejo premium.
  • Baffle (ripado vertical): lâminas metálicas alinhadas, criam ritmo e permitem grande controle acústico/visual em vãos altos (terminais, halls, auditórios).
  • Colmeia/aberto (eggcrate): grelha vazada que combina transparência, ventilação e acesso total às instalações — muito usado em shoppings e estações.
  • Malha expandida (deployé): chapas “esticadas” que viram trama rígida. Como forro, filtram luz, ocultam sistemas e viram linguagem gráfica do projeto. Normativos públicos reconhecem o sistema como “metal deployé”.
  • Perfurado acústico: painéis com microperfurações associados a lã mineral; calibram NRC, controlam reverberação e mantêm a estética metálica.

Onde os forros metálicos se destacam mais?

  • Ambientes formais como hospitais, laboratórios: limpeza frequente, resistência à umidade e a agentes químicos, manutenção rápida sem poeira de obra.
  • Transporte (aeroportos/estações): robustez, manutenção noturna fácil e integração com wayfinding e iluminação contínua.
  • Cultura e educação (museus, auditórios): desenho de atmosfera e acústica ajustada, com integração museográfica e cenotécnica.

Veja algumas das icônicas referências de seu uso e projetos arquitetônicos modernos

Aqui ele aparece como estratégia de linguagem, identidade ou desempenho.

Rede Sarah Kubitschek (hospitais projetados por João Filgueiras Lima, Lelé)

Conjunto pioneiro de industrialização leve em metal no Brasil. Publicações acadêmicas sobre os hospitais do Rio, Brasília e Fortaleza documentam a adoção de sistemas metálicos industrializados na arquitetura e na cobertura, contexto em que forros metálicos e soluções de ventilação e iluminação natural foram integrados para conforto ambiental.

Terminais de passageiros (benchmark de aeroportos no Brasil)

Fabricantes que atuam em aeroportos nacionais apresentam linhas de forro metálico perfurado e baffle para áreas de grande circulação, destacando durabilidade e resistência à umidade.

Projetos corporativos com forro metálico sob medida – Nice Brasil (SP)

Forro metálico personalizado com placas em ângulos distintos, criando leitura tridimensional dinâmica no espaço de recepção/circulação da sede. Exemplo útil para ver como a solução sob medida trabalha luz e profundidade.

Equipamentos culturais e museus (tipologia)

Linhas clip-in, junta seca e perfuradas são amplamente especificadas para salas expositivas por compatibilizarem iluminação embutida limpa e controle acústico sem interferir na museografia. A biblioteca de produtos e catálogos técnicos mostram como arquitetos no país integram luminárias lineares, sprinklers e grelhas de retorno de ar dentro do módulo metálico, mantendo “teto limpo”.

Salas de concerto e auditórios

A Sala São Paulo é referência em teto técnico móvel, com painéis ajustáveis para afinar a acústica. Embora não seja um forro metálico perfurado padrão de catálogo, é um caso icônico de “teto como máquina acústica”, útil para entender a lógica de modulação, acesso técnico e integração com cenotecnia.

Cultura/educação com malhas metálicas

Malhas metal expandida surgem tanto em fachadas quanto em forros de circulação para filtrar luz e esconder infraestrutura com transparência controlada. Normativos e catálogos técnicos brasileiros detalham a aplicação do deployé em forros.

Halls e galerias comerciais

Catálogos e estudos de caso de fabricantes ilustram aplicações reais de forro colmeia, baffle e clip-in em shopping centers, sedes administrativas e centros de convenções no Brasil, com foco em desempenho acústico e manutenção.

Presença constante em projetos arquitetônicos

No Brasil e no mundo, a combinação de indústria local consolidada e know-how de aplicação em saúde, cultura e transporte permite entregar espaços mais confortáveis, duráveis e bonitos, com manutenção simples e arquitetura clara. Se a ideia é marcar presença sem abrir mão de desempenho e identidade, o metal no teto é uma solução inteligente.

Veja pontos icônicos onde o material marca presença no projeto arquitetônico.

  • Museu do Amanhã (Rio de Janeiro, BR) — a cobertura metálica com aletas móveis cria grandes balanços e um soffit metálico contínuo sobre a praça e o espelho d’água. A própria envoltória externa tem fechamento de chapa metálica espessa, o que reforça o aspecto de “forro aparente” nas áreas externas.
  • Instituto Moreira Salles – IMS Paulista (São Paulo, BR) — sob o térreo recuado, o edifício utiliza forro em malha de aço como elemento visível e integrante da expressão da fachada/pilotis, criando textura e transparência.
  • Louvre Abu Dhabi (Abu Dhabi, UAE) — o famoso domo em camadas de alumínio/aço inox forma uma imensa marquise perfurada; o “rain of light” aparece porque esse teto metálico funciona, na prática, como um forro exterior sombreando pátios e passagens. Ícone absoluto.
  • Jewel Changi (Cingapura) — além da cúpula estrutural, o complexo especifica painéis metálicos e teto acústico no grande átrio, compondo a leitura de fachada interna/externa do anel perimetral e passarelas.
  • Heathrow Terminal 5 (Londres, UK) — o edifício é dominado por uma marquise de aço de vão único, que conforma o forro visível sobre as frentes envidraçadas e áreas de embarque, integrando envelope e teto.
  • Centro Cultural de Curitiba (Curitiba, BR) — acesso principal marcado por cobertura metálica; o intradorso metálico funciona como forro aparente e elemento de fachada ao mesmo tempo.

Esses e outros aparelhos públicos provam que o forro metálico se encaixa perfeitamente em diferentes obras e projetos, compondo o estilo visual determinado por seus idealizadores.

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